Conheça a cultura maker!

Cada dia mais popular em áreas diversas do conhecimento, a cultura maker é um movimento de inovação em todos os cenários profissionais, inclusive na educação. A cultura maker propõe novas[...]

Práticas Pedagógicas
02/09/2024
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Professora em laboratório de robótica aplicando a cultura Maker com os seus alunos.

Cada dia mais popular em áreas diversas do conhecimento, a cultura maker é um movimento de inovação em todos os cenários profissionais, inclusive na educação.

A cultura maker propõe novas formas de aprendizagem, que trazem foco e valorização para a prática educacional, a colaboração nos estudos e a criatividade na trajetória acadêmica.

O conceito maker vem da ideia do “faça você mesmo”, abordagem que desperta a autonomia dos estudantes e incentiva que eles sejam protagonistas do seu processo de aprendizagem. Utilizando tecnologias como ferramentas de ensino e práticas baseadas na construção de protótipos e na resolução de problemas reais, a cultura maker busca fomentar a experimentação e o pensamento crítico.

Neste artigo, vamos explicar o que é o movimento maker, qual a sua origem e quais são os pilares desta cultura. Vamos falar também sobre os impactos da cultura maker na educação, a sua ligação com a BNCC, os benefícios da cultura maker para as escolas e muito mais. Confira!

O que é a cultura maker?

Aluna estudando cultura Maker em casa pelo computador.

Nascida na década de 1960, a cultura maker surge do conceito “faça você mesmo”, que estimula a criatividade e inovação em diversas práticas cotidianas. Ela é estabelecida em quatro pilares:

  • Criatividade: para incentivar a experimentação e a autossuficiência;
  • Colaboração: para fortalecer o trabalho em equipe e o compartilhamento de conhecimentos e experiências;
  • Sustentabilidade: para promover o uso responsável de recursos;
  • Escalabilidade: para permitir a replicação de soluções de forma eficiente.

Para explorar de maneira eficaz as capacidades que a cultura maker tem como foco, passaram a ser idealizados espaços maker, que são locais colaborativos, que oferecem ferramentas e tecnologias para capacitar estudantes e profissionais a colocar as suas ideias em prática.

Saiba mais: Educação 5.0: transformações no ensino e aprendizagem com tecnologia e inovação

O que é ser um maker?

A cultura maker busca o envolvimento na criação e na reinvenção de ideias, valorizando o aprendizado que se desenvolve de forma ativa pela prática. Ser um maker, é colocar suas habilidades em movimento para a criação de projetos inovadores, desenvolvendo a curiosidade e a criatividade no processo criativo.

Na cultura maker, erros são oportunidades que favorecem o pensamento crítico e o surgimento de novas ideias. O trabalho em equipe é fundamental, para compartilhar conhecimentos e aprender com as experiências externas, permitindo novas perspectivas na busca por soluções inovadoras.

O que é cultura maker na educação?

Na educação, a cultura maker estabelece ideias de uma nova abordagem pedagógica, que prioriza o aluno como protagonista do seu aprendizado. Ela  estimula a criação, a experimentação e a resolução de problemas a partir do método “faça você mesmo”.

Com a educação maker, estudantes exploram e observam a relevância prática dos seus conhecimentos da sala de aula, tornando-se cada vez mais engajados na busca por conhecimento.

A prática é o foco da aprendizagem, e o objetivo é envolver os estudantes no desenvolvimento de habilidades como pensamento crítico, colaboração e criatividade. São propostos projetos práticos que utilizam da tecnologia, da ciência, da arte, do design e diversas outras referências para incentivar a inovação do estudante.

A educação maker também busca conectar o aprendizado do estudante ao  seu contexto específico, possibilitando que o aluno seja um agente transformador de sua realidade e compreenda a importância de seu papel na sociedade.

Conexão do ensino maker com a BNCC

O ensino maker tem sua relevância  atestada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que incentiva o aprendizado prático e ativo.

O estímulo à criatividade e à curiosidade dos alunos, potencializa o desenvolvimento de habilidades e competências específicas que estão de acordo com as diretrizes da BNCC, como colaboração e resolução de problemas.

Em projetos maker, os alunos trabalham em conjunto para buscar resoluções para problemas reais por meio da tecnologia, desenvolvendo protótipos e usando ferramentas como impressoras 3D e softwares de programação para fazer a diferença na comunidade.

Laboratório maker

Espaços como os laboratórios maker são essenciais para desenvolver as capacidades práticas dos alunos no ensino maker. Eles permitem  que os estudantes trabalhem  a colaboração e a  liberdade no desenvolvimento de projetos criativos pelo uso de ferramentas de tecnologia. 

Geralmente, os laboratórios contam com equipamentos como impressoras 3D, cortadoras a laser, ferramentas de marcenaria, equipamentos de eletrônica, kits de robótica e materiais variados para prototipagem.

Para organizar um laboratório maker na escola, é importante encontrar um espaço adequado que possibilite o trabalho dos estudantes em grupo, além de planejar a escolha dos equipamentos corretos para a realização das atividades.

Nesse ponto, parcerias com órgãos locais podem facilitar a inauguração de um laboratório maker, que pode devolver serviços para a comunidade através dos projetos desenvolvidos ali.

Também é essencial preparar os professores para a utilização correta e proveitosa dos laboratórios, garantindo a eles a capacitação necessária para orientar os estudantes para desenvolverem suas habilidades práticas e aplicá-las no mundo real.

Benefícios da cultura maker nas escolas

Professora aplicando cultura Maker em sala de aula com aluno que está criando uma maquete de ciências.

Várias áreas do conhecimento podem se beneficiar das práticas e dos conceitos da cultura maker e com a educação não é diferente. Entre os benefícios que a cultura maker traz para as escolas, destacam-se alguns pontos, como:

  • Promover um ambiente de aprendizagem colaborativa e inovadora;
  • Estimular a criatividade;
  • Envolver os alunos em projetos práticos que vão além da teoria;
  • Desenvolver habilidades críticas e resolução de problemas;
  • Fomentar a socialização pelo trabalho em equipe;
  • Possibilitar a troca de ideias e a construção de conhecimentos coletivamente.

Além desses pontos, a BNCC preconiza que atividades lúdicas são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo durante a infância, pois elas trabalham a exploração e a experimentação, fortalecendo a aprendizagem e a criatividade, como acontece na cultura maker.

A socialização envolvida na cultura maker também ajuda a desenvolver habilidades socioemocionais muito importantes para a formação integral do aluno.

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Como aplicar a cultura maker na sala de aula?

Para aplicar a cultura maker na sala de aula, várias abordagens podem ser utilizadas.Uma boa dica é estimular os estudantes no trabalho com artesanato e design, estimulando o desenvolvimento de habilidades manuais e criativas.

Outra possibilidade, é envolver os alunos em feiras de ciências, incentivando a construção de protótipos e experimentos e despertando o interesse pela pesquisa e pela investigação científica.

Em todos os contextos educacionais, é muito importante que os professores estejam atentos para identificar quais conteúdos e componentes do currículo pedagógico podem ser trabalhados na abordagem maker. Assim, é possível trazer reais benefícios para o desenvolvimento pleno do aluno, transformando a escola em um espaço muito mais dinâmico e inspirador.

Exemplos de atividades maker

Confira alguns exemplos de atividades colaborativas e práticas que podem ser aplicadas pelos professores no contexto escolar, levando a cultura maker para a sala de aula:

  • Prototipagem 3D: para as escolas que possuem recursos de impressora 3D, a criação e impressão de protótipos por parte dos alunos, pode ajudar no desenvolvimento de soluções para problemas reais;
  • Robótica: envolvendo o conhecimento teórico e prático de áreas diversas, a montagem e a programação de robôs estimulam a lógica e o trabalho em equipe;
  • Produção Audiovisual: com a  criação de vídeos para redes sociais, os estudantes podem aprender mais sobre conhecimentos de imagem, áudio e narrativa;
  • Horta Escolar: com a criação e cuidado de uma horta, os estudantes têm acesso a conhecimentos preciosos de biologia, nutrição e responsabilidade ambiental;
  • Materiais Recicláveis: o envolvimento dos alunos na utilização de materiais recicláveis estimula a criação e a consciência ecológica.

Saiba mais: Descubra como a UNOi trabalha com a cultura maker na educação desde os anos iniciais!

Conclusão

Neste artigo, conhecemos mais a fundo a cultura maker, sua origem, seus pilares e seus benefícios para diversas áreas do conhecimento. Exploramos como essa cultura está intimamente ligada à educação e como os estudantes podem se desenvolver a partir dos conceitos de “faça você mesmo”.

O ensino maker estimula os alunos a serem protagonistas do seu aprendizado, utilizando tecnologia, criatividade, experimentação e colaboração para desenvolver a prática dos seus conhecimentos e construir protótipos reais para a resolução dos problemas.

Como uma alternativa às metodologias tradicionais de ensino, a cultura maker leva a educação para uma maior valorização do aprendizado prático, despertando o interesse dos estudantes pelo conhecimento de forma plena, transformando a educação e preparando indivíduos para um futuro dinâmico e colaborativo.

 


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Conteúdo Santillana Educacão